Por Maria José Vidigal
Os dois importantes patrimônios culturais passaram por incêndios, o primeiro em 2018 e o segundo neste mês.
Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, o Museu Nacional tem tido papel importante na vida cultural de nosso País. É uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do RJ, vinculada ao Ministério da Educação.
Criado por D. João VI, em 1818 , passou a ser um museu universitário, com perfil acadêmico e científico. Antes do incêndio, abrigava importantes coleções de Etnologia, Paleontologia, Antropologia Biológica, Zoologia. Sua coleção egípcia era considerada a maior da América Latina. Tinha também a “Luzia”, o mais antigo fóssil humano já encontrado no Brasil, que felizmente foi preservado.
Equipes de resgate trabalham para recuperar as obras que foram salvas do incêndio. Parte dessas obras recuperadas está expostas no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB/RJ desde fevereiro e ficarão até o dia 29 de abril.
O BNDES liberou verba para a reconstrução do Museu e doações estão sendo aceitas com a mesma finalidade. No site, você pode encontrar informações sobre como ajudar na obra de reconstrução.
A Catedral de Notre Dame (Nossa Senhora), construída entre os séculos XII e XIV, é o símbolo de Paris e chega a receber 12 milhões de visitantes por ano (o dobro da Torre Eiffel).Tem lindos vitrais em forma de rosácea, que foram preservados. Sua torre pontiaguda desmoronou com o incêndio.
Em 1831, o escritor Victor Hugo escreveu o “Corcunda de Notre Dame” em que comenta sobre a maravilhosa Catedral. Ele a via como símbolo, não só da França e da cristandade, mas da própria civilização.
Durante um bom tempo – talvez 5 anos – a Catedral ficará fechada, em obras.
Mas, diferente do que aconteceu com o nosso Museu, grandes doações em dinheiro foram disponibilizadas para as obras de reconstrução da Catedral.
Quem sabe isso pode servir exemplo para os nossos mecenas daqui?