No último dia 5 de novembro Carmelita Elias Vidigal, presidente da AVEC, foi homenageada no VII Workshop da Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de Juiz de Fora, cujo tema foi o papel da Física, suas aplicações e caminhos para o desenvolvimento do Brasil. A homenagem foi feita na abertura do evento quando foram comemorados os cinquenta anos da criação do Departamento de Física da UFJF. Carmelita construiu sua vida acadêmica na UFJF, onde atuou no Instituto de Ciências Exatas, nos primeiros anos do Departamento de Física, na Faculdade de Engenharia e no CRITT – Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia.
Leia abaixo uma pequena entrevista com homenageada:
Como foi sua carreira na UFJF e no Departamento de Física da Instituição?
“Minha carreira começou com Bacharelado em Física na UFMG, de 1967 a 1970, depois fiz um concurso para ser professora de Física na UFJF e me mudei para Juiz de Fora. Fui a primeira mulher com graduação em Física a ser admitida no Departamento que tinha sido criado há pouco tempo. Fui coordenadora da Licenciatura de Física e, por essa época, os professores compreenderam que, para que o Departamento crescesse, era necessário criar o Bacharelado.
O Bacharelado foi uma conquista para os alunos que pretendiam prosseguir a carreira na Física e entrar para programas de pós-graduação de outras Universidades. E também para os professores que retornavam ao Departamento depois de terem feito mestrado e doutorado em BH ou no Rio e podiam atuar em disciplinas e pesquisas na área. Foi o início de um Departamento que hoje tem muitos alunos no mestrado e doutorado, alunos que realizam anualmente o Workshop da Pós Graduação em Física, que em 2018 chegou à sua sétima edição.
Como foi receber essa homenagem do Departamento?
Foi um momento de muita emoção e alegria porque revi pessoas que não via há muito tempo e recebi uma homenagem em reconhecimento por ter atuado lá. Ver a história de um Departamento que cresceu tanto e que forma tantos profissionais numa área importante para o desenvolvimento do País reforça minha crença na educação na área das ciências exatas.
Com a senhora vê o papel da AVEC no incentivo ao ensino das ciências exatas?
Ainda que a AVEC seja uma associação pequena ela pode desenvolver projetos de educação científica e tecnológica que introduzem crianças e jovens no mundo da ciência, auxiliam alunos a entender fenômenos e melhoram seu desempenho escolar. É preciso desenvolver e cultivar no jovem, especialmente nas meninas, o interesse pelas ciências exatas para que o Brasil possa formar mais cientistas, engenheiros e engenheiras. Eles acompanham e promovem os avanços tecnológicos que posicionam nosso País no mundo. Por isso, a AVEC tem um forte compromisso no desenvolvimento de projetos ligados às ciências exatas, a temas atuais e pertinentes para a sociedade.